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Maria L. Amorim Antunes

 

COMPORTAMENTO INFORMACIONAL EM TEMPOS DE GOOGLE

(dissertação defendida)

http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/BUBD-A8SJ7E/disserta__o_maria_amorim___vers_o_e_final.pdf?sequence=1

Em meados de 1995 a Internet deixou de ser privilégio de corporações e da iniciativa privada para se tornar de acesso público. Desde então, cada vez mais, tem sido considerada canal de acesso à informação; principalmente entre os nativos digitais. Uma vez que a Internet é explorada e mediada principalmente pelos motores de busca, reflete-se sobre o Google, que se destacou como preferido pelos usuários e líder do segmento em questão. Fundamentado na Abordagem Clínica da Informação – referencial teórico que trabalha o uso afetivo e simbólico da informação pelo sujeito – traçou-se um paralelo sobre a biblioteca escolar e a ferramenta de busca Google enquanto canais de busca de informação. O objetivo foi verificar que imagem e conceito os nativos digitais têm destes ambientes e como se relacionam com a busca, seleção e o uso da informação. Em uma percepção equilibrada, buscou-se observar as mudanças que o Google tem fomentado e posto em ação, tanto sob o aspecto da relação pessoal com a informação, quanto com a pesquisa e o ambiente da biblioteca escolar. Foi realizado um trabalho de campo envolvendo observação não participante e aplicação de entrevistas com alunos e funcionários de uma escola particular e laica de Belo Horizonte. Os estudantes selecionados na amostra responderam três entrevistas, em momentos distintos: uma geral, para compreender a relação e afinidade dos mesmos com o Google e a biblioteca; a segunda, acompanhando o processo de pesquisa, para verificar o procedimento dos entrevistados e a última com o confronto dos resultados anteriores e indicação efetiva de como se produziu a pesquisa escolar. Os resultados apontam que o Google – tanto o motor de busca, quanto suas ramificações – de fato, se consolidou no cotidiano dos jovens estudados. Com relação à biblioteca, constatou-se que esta não é mais considerada fonte de informação por eles. A maior evidencia foi com relação às subjetividades evocadas pela mesma, considerada um organismo vivo e fascinante. Efetivamente os alunos se mostraram mais próximos dele do que da biblioteca. Não obstante, percebeu-se que as tecnologias digitais e as facilidades permitidas pelo Google não são os únicos fatores que determinam sua utilização ou não. Houve indicadores relacionados à escola, à atuação dos professores e ao contexto familiar. Relata-se a conveniência de se realizar um estudo de usuários indicativo do perfil e do comportamento informacional dos estudantes e dos professores para inferir em quais novos ambientes e dimensões as habilidades informacionais podem (e devem) ser desenvolvidas e trabalhadas.

 

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